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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Alfabetizar Letrando

O artigo Alfabetizar Letrando de Luciana Garcia busca repensar à aquisição da língua escrita, baseado no alfabetizar letrando.
Segundo Cagliari "a alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação". E para Soares "letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever,mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive. Ficou claro que são dois conceitos que embora distintos precisam andar juntos. Pois, ser alfabetizado nem sempre significa ter autonomia na escrita e na leitura. Ou seja, o melhor método de alfabetização é aquele baseado na realidade do aluno.
"...Aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não em uma manipulação mecânica de palavras, mas em numa relação dinâmica de vincula linguagem e realidade." (Paulo Freire)
Cabe ao professor fornecer ferramentas para que o aluno desenvolva seu conhecimento e construa sua aprendizagem. 

Separei esse texto que li na aula de Criança e sua Escolarização I, para culminar essa postagem que deve de alguma forma nos levar a refletir sobre nosso papel como educadores.
 É uma análise sobre Alfabetização e Letramento.

Receita de alfabetização antiga

# Ingredientes:
1 criança de 6 anos,
1 uniforme escolar,
1 sala de aula decorada,
1 cartilha.
 

# Preparo:
Pegue a criança de 6 anos, limpe bem, lave e enxágüe com cuidado. Enfie a criança dentro do uniforme e coloque-a sentadinha na sala (decorada com motivos infantis). Nas oito primeiras semanas, sirva como alimentação exercícios de prontidão. Na nova semana, ponha a cartilha nas mãos da criança.
Atenção: tome cuidado para que ela não se contamine com o contato de livros, jornais, revistas e outros materiais impressos.
Abra bem a boca da criança e faça com que ela engula as vogais. Depois de digeridas as vogais, mande-a mastigar uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo sessenta vezes. Se houver dificuldades para engolir, separe as palavras em pedacinhos.
Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida, faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.
Ao fim do oitavo mês, espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas.
Se isso acontecer: Considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para a série seguinte.
Se isso não acontecer: Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita quantas vezes for necessário. Se não der resultado, ao fim de três anos enrole a criança em um papel pardo e coloque um rótulo: "aluno renitente".


Receita de alfabetização e letramento

Sirva jornais velhos, revistas, embalagens, anúncios publicitários, latas de óleo vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercado, enfim tudo o que estiver entulhando os armários de sua casa ou escola e que tenha coisas escritas.
Convide a criança para brincar e ler, adivinhando o que está escrito. Você vai descobrir que ela sabe muita coisa!
Converse com a criança, troque  idéias sobre quem são vocês e as coisas de que gostam ou não. Depois escreva no quadro algumas coisas que foram ditas e leia para ela. Peça à criança que olhe as coisas escritas que existem por aí, nas ruas, nas lojas, na televisão. Escreva algumas dessas coisas no quadro.
Deixe a criança cortar letras, palavras e frases dos jornais velhos. Não se esqueça de pedir para que ela limpe a sala depois, explicando que assim a escola fica limpa. Todos os dias leia em voz alta alguma coisa interessante: historinhas, poesias, notícias de jornal, anedota, letra de música, adivinhação, convite, mostre numa nota fiscal algo que você comprou, procure um nome na lista telefônica. Mostre também algumas coisas escritas que talvez a criança não conheça: dicionário, telegrama, carta, livro de receitas.
Desafie a criança a pensar sobre a escrita e pense você também. Quando a criança estiver tentando escrever, deixe-a perguntar ou ajudar o colega. Aceite a escrita da criança. Não se apavore se a criança estiver "comendo" letras. “Até hoje não houve caso de indigestão alfabética”.
Invente sua própria cartilha, selecione palavras, frases e textos interessantes e que tenham a ver com a realidade da criança. Use sua capacidade de observação, sua experiência e sua imaginação para ensinar a ler. Leia e estude sempre e muito.

(Adaptado de: Carvalho, Marlene. Alfabetização sem receita e receita de alfabetização.
In: Carpe diem. Belo Horizonte,

Sugestões de Práticas de Leitura



Crianças lendo  
Como incentivar a prática de leitura nas crianças? 
Os professores e os pais precisam percebe a necessidade de se aprimorarem na tarefa de motivação a leitura. Pois, tanto um quanto o outro se tornam referenciais e muito influenciam na educação das crianças. Um dos muitos papeis do educador e dos responsáveis é ajudar a criança a aprender e a gostar da prática da leitura.

Como ajudar a tornar a leitura uma experiência boa e enriquecedora desde cedo?
1. Procure criar momentos onde você possa ler histórinhas para eles. Poucos minutos por dia são o suficiente;
2. Encorage a criança a pegar livros/gibis na biblioteca da escola, presentei com livros/gibis. Dê uma atenção aos interesses dela, pressioná-la com a leitura que julga melhor não vai ajudar. Então dê prioridade a leituras de acordo com a faixa etária da criança;
3. Sempre converse com a criança sobre os personagens da sua história favorita, as figuras e faça comentários sobre as leituras. Assim você vai ajudá-la a desenvolver uma boa interpretação  e a criança vai perceber que você se interessa e valoriza o seu progresso.
 4. Diversifique as leituras em livros com gravuras, quadrinhos, revistas, jornais, poemas e o que mais interessar.

O hábito da leitura desenvolve a criatividade, ajuda no processo de alfabetização, gera conhecimento e contribui para que as crianças possam se relacionar melhor. A criança que lê só tem a ganhar. 


Achei a coisa mais lindinha.
O pequeno João Vitor de apenas 4 anos e meio contado
 a historinha dos Três Porquinhos. 

Escola Barro Branco

No dia 12 de abril, nós alunos da FEBF, participamos de um evento dirigido pela Escola Municipal Barro Branco em parceria com a Faculdade de Educação da Baixada Fluminenseque tratava sobre a prática da leitura na infância, aqui mesmo na faculdade,. Entrevistamos algumas professoras que atuam nesse projeto de extensão da UERJ, elas nos contaram que esse projeto tem por objetivo o envolvimento da comunidade local nas atividades rotineiras da escola, e visa o despertar do interesse pela leitura, não só de seus alunos como também na comunidade local.






A palestrante convidada foi a Mestre em Educação Maria Dolores Coni Campos, que nos contou sobre suas enriquecedoras experiências na área da eduacação e da alfabetização. Foi uma palestra muito descontraída, dinâmica e motivadora. Ela nos envolveu com a sua forma de contar histórias. Conquistando a todos com a contação de uma das histórias da obra de Cecília Meireles - A Língua do Nhem. Abrilhantou também a palestra a participação dos alunos do 3º ano da Escola Municipal Barro Branco com a apresentação de uma pequena peça teatral sobre a vida de  Cecília Meireles.

Portfólio Eletrônico

Em aula discutimos o Capitulo 6 do Livro: Avaliação Formativa: Práticas Inovadoras (2011)
http://www.papirus.com.br/menu.aspx?id=818&menu=sala

O PORTFÓLIO ELETRÔNICO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CALEIDOSCÓPIO DE MÚLTIPLAS VIVÊNCIAS, PRÁTICAS E POSSIBILIDADES DA AVALIAÇÃO FORMATIVA
Ivanildo Amaro de Araújo




Este capítulo apresenta a experiência que o professor Ivan vem desenvolvendo como uso do portfólio eletrônico em turmas do curso de pedagogia da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense. Tendo como objetivo incentivar a utilização e o domínio de recursos digitais, promover o pensamento crítico-reflexivo dos alunos e promover a autonomia dos alunos, motivando-os e apoiando-os em seu processo de sistematização das próprias aprendizagens. Deixando claramente enfoque a questão da avaliação formativa.
Essa forma de avaliação nos leva para uma sala de aula “REVOLUTI”, que nos da à sensação de renovo. Mesmo tendo toda a exigência presencial e o cronograma de leituras e atividades das salas de aula tradicionais, a visão revolucionária está na avaliação, que deixa de ser em apenas 1 ou 2 horas de um dia e passa a ser diária. O uso do portfólio eletrônico nos da à liberdade de utilizarmos diferentes métodos para expressar nossas percepções, pensamentos, aprendizagens, experiências e também nos avaliarmos. Como bem diz Benigna M. de F Villas Boas que: O portfólio é uma oportunidade maravilhosa de os alunos, futuros educadores, vivenciarem a avaliação formativa e não apenas lerem sobre ela.