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quinta-feira, 22 de março de 2012

Linguagens Infantis: outras formas de leituras


Livro - Linguagens Infantis: Outras Formas de Leitura 
"O livro é fruto do III seminário Linguagens na Educação Infantil que aconteceu durante o XIV COLE em julho de 2003, Trata de temas ligados à pedagogia da infância numa perspectivas não antecipatória da escolarização e não marcada pela preparação para o ensino fundamental. Tratando da educação das crianças de 0 a 6 anos e não do ensino, os textos reproduzidos no livro trazem pesquisas, reflexões e experiências envolvendo diferentes linguagens das crianças pequenas. Nesse sentido, referendam todos os estudos que favorecem a construção desta outra relação com as crianças pequenas procurando maneiras para promover suas vivências com as diferentes linguagens e provocar nelas novos desejos de expressão na perspectiva de formar nossas crianças para serem os futuros dirigentes de que falava Gramsci."


Durante a leitura do livro ficou entendido que esse é o primeiro volume de dois que compõe a publicação.
Discutimos em aula o prefácio, que ficou por responsabilidade do autor Luiz Percival Leme Britto, onde justifica sua participação nesse livro e destaca a ideia que a escrita surgiu com o poder e que a escrita é uma poderosa tecnologia de expansão da memória. Ele traz para o debate uma Educação para a submissão versus uma Educação para a insubordinação. Para ele "o desafio da Educação Infantil, não é o de ensinar letras, mas o de construir as bases para que as crianças possam desenvolver-ser como pessoas plenas e de direito..."   


No Debate I, Maria Cristina Rizzoli traz a experiência de seu trabalho na Educação Infantil na cidade de Bolonha (Itália) com crianças de 0 a 6 anos e os livros. Segundo a autora, os educadores e pedagogos assumiram a importância do livro para as crianças. O trabalho explora as várias possibilidades que o livro oferece para as crianças. Ficou claro que o livro é um instrumento de conhecimento, um veículo para estimular o relacionamento e  uma ocasião para a criança desenvolver sua criatividade, sua imaginação sua capacidade de ouvir e de viver aventuras emocionantes. Einstéin sugeri que "se contassem muitos e muitos contos de fadas para as crianças. Segundo ele, somente quando a criança tem uma grande dose de curiosidade é que ela vai sentir-se interessada em enfrentar situações específicas e seus desdobramentos." (p.9) Por tudo isso, o trabalho de leitura com e sem letras tem por objetivo motivar nas crianças de diferentes idades o prazer da escuta, da narração, da interpretação, o desejo do saber e a sua liberdade intelectual. Rizzoli diz que "outro aspecto-chave, além da curiosidade, do prazer e da compreensão, é a fantasia. Quando lemos um livro para a criança, ela descobre segredos, imagina coisas diferentes." (p.12)


No Debate II, a autora Suely Amaral Mello parte da ideia de que  muito do trabalho feito com as crianças da Educação Infantil e no Ensino Fundamental, principalmente no que se trata a aquisição da escrita, carece de uma base científica. Suely sugere "[...] deixar contaminar o ensino fundamental com atividades que julgamos típicas da educação infantil." (p.21) Ao longo de seu artigo discute que as atividades como desenhar, pintar, modelar, construir, o faz-de-conta, a poesia e até a própria fala que são vistas nas escolas como improdutivas "[...] são essenciais para a formação da identidade, da inteligência e da personalidade da criança, além de constituírem as bases para a aquisição da escrita como um instrumento cultural complexo." (p.22) A autora demonstra a contribuição que teve dos estudos de Vygotsky, em sua crítica ao processo de ensino aprendizagem, quando pontua que os procedimentos continuam mecanizados, prevalecendo sobre a utilização racional, funcional e social da escrita. E enfatiza que a escrita tem que ser mais uma das linguagens de expressão das crianças e que "[...] não podem estar separadas, nem entre si e nem separadas de experiências significativas que tragam conteúdo à expressão das crianças nas diferentes linguagens." (p.32)

Sabemos que a prática de contar história na Educação Infantil e no Ensino Fundamental nem sempre é valorizada ou estimulada. Por isso, coloquei esse vídeo que mostra uma oficina de contação de história e depoimentos de professores que traz a leitura como primeiro plano na sala de aula.

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/contacao-historias-431368.shtml

Meu caderninho

O Caderno - Toquinho


Sou eu que vou seguir você do primeiro rabisco até o be-a-bá.
Em todos os desenhos coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu 
e um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais, 
você vai ver Serei, de você, confidente fiel se seu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo vou lhe dar abrigo se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher 
 A vida se abrirá num feroz carrossel e você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim comigo ficará guardado se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente o que se há de fazer...
Só peço, à você um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer...



O meu caderno tinha que ser sempre muito enfeitado. Eu adorava colocar bordas coloridas, colar figurinhas, fazer desenhos bem coloridos e é claro caprichava na letrinha redondinha. Toda a fantasia estimulada pela professora em sua histórias incríveis e toda a alegria vivida com meus coleguinhas eram de certa forma passada pro meu caderninho.Tenho certeza que se hoje eu tivesse todos os cadernos que já usei, teria como mostrar que essa música traduz momentos reais, pois não faltariam desenhos, continhas, joguinhos, declarações e segredinhos.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Minhas memórias

    
Lembrar da minha infância é resgatar momentos de   muito sorrisos. Recordo que peraltices não faltaram, adorava brincar na rua, correr, subir em árvores, jogar bolinha de gude, soltar pipa, pular corda e até fazer coisas de meninas como bolinho de terra, casinha de boneca e me fingir de professora.

        Aliás uma das coisas que mais gostava era ir para a Escola, e não era só por causa da merenda, mas me encantava as historinhas, as musiquinhas e a tia Luci, a pessoa responsável por me colocar em contato com o  mundo da leitura e escrita. 
          
Dizem que são nos primeiros anos de idade que recebemos os principais exemplos para nossa vida. Talvez seja essa a explicação para ainda ver em mim a mesma menininha.


"Todas as pessoas grandes foram um dia
 crianças - mas poucas se lembram disso."

O Pequeno Príncipe